08/Ago/2022

Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (05/08) na Bolsa de Chicago, com a perspectiva de clima adverso no Meio Oeste dos Estados Unidos. Condições climáticas rigorosas continuam dando suporte aos preços. As previsões ainda indicam chuvas no Meio Oeste e em partes do extremo noroeste do Cinturão de Milho, mas isso ainda é incerto, e, se a chuva não vier, as lavouras ficarão sob mais estresse. Os ganhos também foram sustentados pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.

O vencimento dezembro do grão subiu 3,75 cents (0,62%), e fechou a US$ 6,10 por bushel. Na semana passada, recuou 1,61%. Segundo a AgResource, o volume de negócios foi muito pequeno na sexta-feira (05/08), e uma tendência mais clara para os preços só será estabelecida quando o mercado tiver uma ideia melhor sobre o tamanho da safra. O fortalecimento do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, impediu uma alta mais acentuada. A moeda norte-americana subiu com a perspectiva de novos aumentos dos juros no país.

A retomada das exportações de grãos ucranianos pelo Mar Negro também limitou a alta. O primeiro comboio de navios carregados com grãos da Ucrânia partiu do Porto de Odessa na sexta-feira (05/08), em um sinal de que o acordo assinado no mês passado com a Rússia está se mantendo, mesmo com o conflito em todo o país. Os navios Navi Star, Rojen e Polarnet partiram carregando um total de quase 60 mil toneladas de milho. Inspetores turcos também liberaram o primeiro navio com destino à Ucrânia em cinco meses, o Fulmar S, com bandeira de Barbados.