05/Ago/2022
Produtores e vendedores de milho vêm se desfazendo de lotes da 2ª safra de 2022 em ritmo menos acelerado que na semana passada, quando as altas dos futuros do cereal negociados na Bolsa de Chicago viabilizaram a comercialização de grandes volumes do grão. Agora, a negociação é pontual, com volumes considerados baixos para esta época. A colheita mais lenta em alguns Estados e a falta de espaço para armazenamento no curto prazo também dificultam a venda de quantidades maiores.
Em Mato Grosso do Sul, os produtores vêm ofertando mais lotes à medida que a colheita avança, mas os volumes negociados nesta semana não são considerados expressivos. Divergências entre produtores e compradores sobre preços e problemas logísticos têm impedido negócios maiores. Nas negociações, diferenças de R$ 0,50 a R$ 1,00 por saca de 60 Kg e prazos de embarque têm feito diferença na decisão de produtores sobre vender ou não. Na região de Dourados, há registro de negócios pontuais para exportação, a R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento no fim de agosto.
Há oferta para carregar imediatamente, por R$ 70,00 por saca de 60 Kg, mas os compradores estão com espaço limitado para receber o produto, então só saem negócios pontuais. As indicações de compra ficam em torno dos R$ 70,00 por saca de 60 Kg. Os consumidores domésticos indicam R$ 69,00 por saca de 60 Kg FOB para retirada imediata. Os compradores acreditam que ainda tem muito volume para ser ofertado e que em algum momento esse volume vai vir para o mercado a preços mais baixos. Com relação à 2ª safra de 2023, a indicação de compra para exportação é de R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto do ano que vem, sem interesse de venda.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, a comercialização está bastante travada. Os compradores indicam R$ 83,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Paranaguá, para embarque imediato e pagamento no início de setembro. Os compradores têm demandado pouco, porque estão no aguardo de lotes mais volumosos da 2ª safra de 2022, que está sendo colhida no norte do Paraná. Além disso, os grandes consumidores estão bem abastecidos, talvez até novembro. Os consumidores de menor porte têm adquirido lotes da mão para a boca. O produtor não está com pressa de vender porque está capitalizado e tem espaço no silo, pelo menos até o início da colheita de trigo na região.