03/Ago/2022
As negociações com milho estão mais lentas nesta semana em relação à semana passada, principalmente no que diz respeito às exportações. Só ocorrem negócios pontuais. Entretanto, a exportação do grão deve continuar firme nos próximos dias. Há dúvidas se a Ucrânia conseguirá enviar ao exterior, com regularidade, o grão que estava represado no país desde o início da guerra. Se as exportações ucranianas fluírem bem, pode ser que o grão brasileiro deixe de ser tão demandado.
Em Mato Grosso, na região de Sorriso, apesar da oferta abundante de milho, com muito grão armazenado fora do silo, o mercado é lento. Há registro de negócios pontuais para exportação a R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em agosto. A queda de preços afasta os produtores do mercado. A demanda externa está mais reforçada do que a interna. As usinas de etanol estão demandando pouco. Assim, a indicação do mercado interno é de R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em outubro e pagamento em novembro. Em relação ao milho 2ª safra de 2023, para embarque em julho e pagamento em setembro de 2023, os compradores indicam R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB, para exportação. Para o mercado interno, a indicação é de R$ 59,00 por saca de 60 Kg FOB, valores estáveis há alguns dias.
No Paraná, na região norte, há registro de negócios pontuais a R$ 81,00 por saca de 60 Kg CIF ferrovia em Maringá, para embarque e pagamento imediatos. Tanto a exportação quanto o mercado interno estão com valores próximos para o grão colocado em ferrovia. Há outras indicações, sem registro de negócios, a R$ 86,00 por saca de 60 Kg colocada no Porto de Paranaguá em agosto e pagamento em 1º de setembro; e de R$ 79,30 por saca de 60 Kg colocada em ferrovia em Maringá em agosto e pagamento em 15 de setembro. Em relação à 2ª safra de 2023, a negociação segue travada e praticamente sem sinalizações de preços tanto da ponta compradora quanto da ponta vendedora. O custo elevado do plantio não traz atratividade à venda antecipada.