02/Ago/2022

A demanda externa por milho brasileiro tem sustentado as cotações no mercado doméstico, mesmo em plena colheita da safra. Enquanto a comercialização para granjas e agroindústrias locais ainda patina, com compradores aguardando por preços mais baixos e produtores pensando em sentido contrário, na Região Centro-Oeste têm saído lotes volumosos para o exterior, fazendo com que os preços do grão subam.

Em Mato Grosso do Sul os preços vêm subindo por causa da demanda exportadora. Assim, há registro de negócios para exportação a R$ 71,00 por saca de 60 Kg FOB Dourados, para embarque imediato e pagamento em 30 de agosto. Já as negociações para o mercado interno continuam travadas. A logística está cara e quem negociou milho antecipadamente está entregando agora, sem margem para novas aquisições. Em relação à 2ª safra de 2023, não há sequer havia indicação de preços em Dourados.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, a negociação segue travada. Os preços para exportação estão em alta, mas o mercado interno não acompanha. A indicação de compra para venda externa está entre R$ 84,00 e R$ 85,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento no fim de agosto no Porto de Paranaguá, o que renderia entre R$ 79,00 e R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB nos Campos Gerais. Os consumidores locais indicam entre R$ 82,00 e R$ 83,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em dez dias.

Os poucos vendedores ativos indicam entre R$ 85,00 e R$ 90,00 por saca de 60 Kg. O consumidor interno está tentando puxar o preço para baixo o preço por causa da colheita da 2ª safra de 2022. Mas, os produtores não estão querendo fixar. Na região norte do Paraná, há registro de negócios pontuais a R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 22 de agosto. Para negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2022/2023), a indicação de compra é de R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para retirada em fevereiro e pagamento em março. Os vendedores não apontavam por quanto gostariam de negociar.