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29/Jul/2022

Preços do milho em descordo limitam a negociação

O desacordo entre agentes sobre os preços do milho no spot prossegue nas regiões produtoras do País. Apesar de a colheita da safra estar em pleno andamento e haver muito milho a céu aberto por falta de espaço nos silos em Mato Grosso, os produtores ainda aguardam por preços mais altos. Assim, quando saem lotes, comprador eleva os preços para conseguir levar o grão. Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, há registro de negócios pontuais a R$ 67,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em agosto e pagamento no fim de agosto. Mas, de maneira geral, o mercado está travado.

Na região, tem muito milho armazenado a céu aberto porque produtor se recusa a vender pelos preços propostos pela ponta compradora. Há pressão sobre os preços. Em relação ao milho futuro, da 2ª safra de 2023, há registro de negócios pontuais a R$ 62,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em agosto e pagamento em setembro. Os produtores estão preocupados com custos da safra futura.

No Paraná, a negociação avança pouco, apesar da pressão da colheita. No Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 87,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento no fim de setembro. Na região norte do Estado, os compradores indicam R$ 79,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 72 horas. Para entrega imediata nos terminais ferroviários do norte paranaense, os compradores indicam R$ 79,50 por saca de 60 Kg, para pagamento no fim de agosto.

Para a 2ª safra de 2023, a indicação é de R$ 85,50 por saca de 60 Kg, para entrega em julho do ano que vem no Porto de Paranaguá e pagamento no fim de agosto de 2023. Com a alta da soja, os vendedores voltaram a negociar a oleaginosa e deixaram a comercialização do milho de lado por ora, apesar do avanço rápido da colheita da 2ª safra de 2022. Os vendedores estão capitalizados após os preços altos no primeiro semestre e não veem necessidade de negociar no curto prazo.