28/Jul/2022
A demanda exportadora por milho está estimulando o mercado na Região Centro-Oeste. O mercado interno, entretanto, continua travado, mesmo com a alta de preços. De fato, as cotações vêm subindo em média R$ 1,00 por saca de 60 Kg no interior do País, acompanhando a alta das indicações para exportação. No Porto de Paranaguá (PR), por exemplo, os compradores indicam R$ 92,00 por saca de 60 Kg, para entrega em dezembro, mas os vendedores desejam entre R$ 95,00 e R$ 100,00 por saca de 60 Kg. A demanda pelo grão de exportação deve prosseguir nos próximos dias.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a demanda exportadora segue firme. Há registro de negócios a R$ 71,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em agosto e pagamento em 30 do mesmo mês. Já a comercialização de milho disponível para o mercado interno segue travada. Os compradores não elevam as indicações e, além disso, o preço do frete está em alta. A movimentação é para exportação. As indicações de compra para o mercado interno estão em torno de R$ 69,00 por saca de 60 Kg, para retirada em agosto e pagamento em 30 do mesmo mês. Em relação ao milho da 2ª safra de 2023, a comercialização está parada. Os compradores indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB Dourados, para embarque em julho e pagamento em agosto de 2023, sem contraoferta por parte da ponta vendedora.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, a indicação de compra de consumidores domésticos para retirada imediata e pagamento em dez dias é de R$ 83,00 por saca de 60 Kg. Para exportação, com retirada e pagamento em agosto, a indicação é de R$ 80,00 por saca de 60 Kg. Os vendedores, contudo, indicam R$ 85,00 por saca de 60 Kg ou mais. As indústrias indicam entre R$ 82,00 e R$ 84,00 por saca de 60 Kg CIF Castro e R$ 88,00 por saca de 60 Kg CIF na Serra Gaúcha, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Para negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2022/2023), os compradores indicam R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para retirada em fevereiro e março e pagamento no início de abril, mas vendedores nem sequer apontam por quanto comercializariam lotes.