25/Jul/2022
Segundo a AgRural, o cenário de oferta de milho é muito mais tranquilo em 2022 do que um ano atrás, com uma grande 2ª safra de 2022. Apesar de algumas perdas por estiagem nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, a 2ª safra de 2022 deve ficar entre 87 milhões e 88 milhões de toneladas, contra 60 milhões de toneladas do ano passado. Mesmo com o aumento da exportação em relação ao ano passado, sobra milho no Brasil. O que está difícil é tirar esse milho da mão do produtor, que não quer vender por preços mais baixos, e os preços têm caído bastante nas últimas semanas. Por mais que o dólar esteja subindo, a queda na Bolsa de Chicago e a pressão da entrada da 2ª safra de 2022 exercem um efeito negativo nos preços.
A estimativa é de que, até o fim de junho, a comercialização de milho 2ª safra de 2022 havia atingido 42%. Isso significa que existe no Centro-Sul do Brasil cerca de 47 milhões de toneladas de milho com o produtor por vender. Resta saber até quando os produtores conseguem segurar e, caso comprador não consiga atrair ofertas rapidamente, se recorrerá ao milho do Paraguai e da Argentina. Mas, sem dúvida, há milho para atender à demanda interna. Para a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Brasil vinha de duas safras bastante estressantes para o setor de proteína animal.
Mas, agora, com a entrada da 2ª safra de 2022 volumosa será suficiente para o abastecimento. O consumidor interno passou por uma curva de aprendizagem após o aperto dos últimos anos. O setor comprador de proteína animal vai começar a pensar com mais carinho em fazer hedge, em compra antecipada, em se preparar melhor. Para a safra 2022/2023, a depender dos preços de milho e soja, pode ocorrer uma expansão maior da soja em detrimento do milho safra de verão (1ª safra 2022/2023), que é relevante no abastecimento da Região Sul. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.