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25/Jul/2022

China: importação de milho do Brasil deve demorar

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a China não deve se tornar um grande importador do milho brasileiro na safra 2022/2023, semeada a partir de setembro. Pode ser que ocorram embarques para a China na safra 2022/2023, mas não há expectativa de que o país se torne grande importador do milho brasileiro já nesta safra. Falta o amadurecimento dessas relações comerciais envolvendo milho no longo prazo, já que a China possui outros fornecedores históricos do cereal. Além disso, a China tem um comportamento bem distinto dos outros países no que se refere a relação entre estoque e consumo, que tem previsões de redução, mas se aproxima de 70%.

Ou seja, se China parar de importar milho hoje, ela tem estoque suficiente para sustentar 70% da demanda ao longo da safra. Portanto, ela não tem uma demanda emergencial para milho brasileiro que garanta grandes volumes. Contudo, trata-se de uma grande oportunidade para o Brasil. É também uma “carta na manga” para a China, principalmente pelo seu comportamento nas questões geopolíticas, e o Brasil é um país favorável a esse tipo de relação. A abertura do mercado chinês para o milho brasileiro é uma demanda antiga do agronegócio nacional.

As negociações, contudo, se arrastam há anos. Em 23 de maio, representantes dos dois países anunciaram a conclusão das negociações para o início de exportações brasileiras de milho para a China, durante encontro bilateral na 6ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). Os protocolos fitossanitários deveriam ter sido assinados, o que ainda não ocorreu. A expectativa do governo brasileiro é de que, com a assinatura dos protocolos, a venda para a China comece em meados do fim deste ano e início de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.