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13/Jul/2022

PR: Operação-Padrão atrasa importações de milho

Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), a morosidade de importação de milho, observada no posto de fronteira entre Brasil e Paraguai, tem sido motivo de preocupação para o agronegócio nacional, principalmente no setor de proteína animal. O atraso de caminhões, represados em filas de espera na operação padrão de servidores da Receita Federal vem causando prejuízos e transtornos à avicultura paranaense e aos produtores da Região Sul do País. O Brasil, que nesse momento colhe bons resultados do milho de 2ª safra de 2022, tem suas expectativas de abastecimento voltadas ao mercado externo, uma vez que a guerra entre Ucrânia e Rússia favorece a competitividade das exportações. Outro ponto importante é que, cada vez mais, sobretudo na Região Centro-Oeste, o grão é destinado à produção de etanol e exportação. Por isso, o setor precisa contar com o fornecimento paraguaio.

O milho importado do Paraguai não só supre a cadeia nacional, permitindo que o Brasil ganhe espaço nas exportações, como, também, oferece preços mais baixos, possibilitando que o setor avícola, principal consumidor do grão, possa diminuir seus custos de produção e contribuir para controlar a inflação. Sendo assim, os gargalos precisam ser eliminados, dando agilidade ao fluxo comercial. As aduanas, equipadas na área fiscal pela Receita Federal e na de Sanidade por auditores fiscais do Ministério de Agricultura, precisam aprimorar seus recursos para garantir celeridade, pois aí estão gargalos que estão prejudicando a atividade agropecuária no Brasil. A lentidão no translado tem impactado na segurança dos negócios. O Paraguai está colhendo milho e, obviamente, quer fazer contratos com clientes, mas existe um receio de realizar contratos de venda futura com o Brasil, afinal o país vizinho não tem segurança sobre a capacidade da ponte em escoar os grãos com agilidade. Já houve casos de caminhões parados por 12 dias na fila. Pensando em uma resolução, o Sindiavipar participou de uma série de audiências para discutir os atuais entraves existentes nas aduanas brasileiras à importação de milho paraguaio.

Os encontros foram realizados com o Ministério da Economia, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com o secretário especial da Receita Federal. Os relatos da situação causaram perplexidade nas autoridades, que prometeram providências. O setor pede agilidade no posto entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. A expectativa, com a realização das audiências, é que o governo, através dos Ministérios competentes, acompanhe de perto o fluxo de mercadorias na fronteira. É necessário atenção com as aduanas brasileiras, de uma forma geral, como nas fronteiras do Uruguai e Argentina, que também sofrem as mesmas dificuldades. O Paraná é o maior produtor e exportador nacional de carne de frango e responde por mais de 35% da produção e mais de 40% das exportações de carne de frango do País, embarcando o produto para mais de 120 países em todo o mundo. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.