08/Jul/2022
A Agroconsult revisou para baixo sua projeção de cotação média dos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago na safra 2022/2023, de US$ 7,20 por bushel esperados inicialmente para US$ 6,75 por bushel, mesmo valor projetado para a safra 2021/2022, em virtude do quadro de redução do ritmo de crescimento global. A produção norte-americana deve ser menor na safra 2022/2023, de 369,5 milhões de toneladas, ante 383,9 milhões de toneladas em 2021/2022. Consumo e importação de milho devem ser maiores na China. No Brasil, há potencial para que a produção total em 2022/2023 passe de 120 milhões de toneladas. A guerra na Ucrânia traz incertezas quanto à produção e às exportações de milho do País.
Por ora, a perspectiva é de que a produção ucraniana de milho caia de 42,1 milhões de toneladas em 2021/2022 para 25 milhões de toneladas em 2022/2023, e que as exportações saiam de 22 milhões de toneladas em 2021/2022 para 18,1 milhões de toneladas em 2022/2023. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), entretanto, trabalha com projeção de aproximadamente 9 milhões de toneladas de milho ucraniano exportadas. O milho deve se tornar o produto agrícola mais comercializado no mundo em 2023, ultrapassando o trigo, com um volume superior a 200 milhões de toneladas. O balanço entre oferta e demanda, dada a projeção atual, deve ficar mais ajustado, tendo em vista uma produção global de 1,207 bilhão de toneladas e um consumo maior, de 1,212 bilhão de toneladas.
No que se refere ao cenário doméstico, a área plantada na 2ª safra de 2023 é estimada em 16,7 milhões de hectares, 300 mil hectares acima de 2021/2022. Na safra de verão (1ª safra 2022/2023), o plantio deve cair 2,2%, para 5,3 milhões de hectares. Para a produção da 2ª safra de 2023, a projeção é de 97 milhões de toneladas, 8,5% acima do total de 89,3 milhões de toneladas estimado para 2ª safra de 2022. A colheita da safra de verão (1ª safra 2022/2023) deve atingir 30,8 milhões de toneladas, 20,8% mais do que os 25,5 milhões de toneladas no ciclo anterior.
O potencial do Brasil no ano que vem é passar dos 120 milhões de toneladas, com crescimento novamente sustentado na expansão de área de 2ª safra. O Brasil deve colher 127,8 milhões de toneladas em 2022/2023, 11,3% acima do ciclo 2021/2022. Cerca de 12 milhões de toneladas de milho devem ser destinadas à produção de etanol no Brasil em 2021/2022, ante 10,4 milhões em 2020/2021. O consumo total no ciclo 2021/2022 deve somar 74,8 milhões de toneladas, das quais 56,3 milhões dirigidas à indústria de proteína animal. Para exportações, a previsão é de 43 milhões de toneladas em 2021/2022, sendo que 4,4 milhões já foram exportadas em junho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.