07/Jul/2022
Os futuros de milho reverteram perdas e fecharam em alta nesta quarta-feira (06/07) na Bolsa de Chicago. O mercado foi impulsionado por dados que mostraram piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 64% da safra de milho apresentava condição boa ou excelente até o dia 3 de julho, piora de 3% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela também era de 64%. O USDA informou ainda que 7% da safra tinha formado espiga, em comparação a 9% um ano antes e 11% na média dos cinco anos anteriores.
O vencimento dezembro do grão avançou 6,50 cents (1,12%), e fechou a US$ 5,85 por bushel. Traders também aproveitaram os preços mais baixos da commodity para recomprar contratos, após o mercado ter recuado nas quatro sessões anteriores, acumulado perda de 12% no período e zerado todos os ganhos de 2022. De acordo com o Citi, a queda das cotações em junho e julho não foi motivada apenas por correção técnica ou embolso de lucros. A liquidação foi mais profunda e rápida do que o imaginado neste início do ciclo de desenvolvimento no Hemisfério Norte.
Traders podem estar antecipando uma piora substancial da demanda por ração animal e biocombustíveis nos próximos 6 a 9 meses, bem como algum afrouxamento dos fluxos de comércio mundial. Os ganhos foram limitados pela queda do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O avanço do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, também impediu uma alta mais acentuada.