07/Jul/2022
Os preços do milho seguem em baixa no Brasil, o que tem mantido o ritmo de negociações muito lento. A principal causa da queda tem sido o recuo dos futuros do grão negociados na Bolsa de Chicago, que vêm sendo pressionados por fatores diversos, entre os quais a expectativa de uma grande oferta de milho 2ª safra de 2022 volumosa no Brasil. Com as baixas na Bolsa de Chicago, caem também os preços indicados por tradings para exportação. Ao mesmo tempo, as empresas do mercado interno têm aproveitado para reduzir os valores indicados pelo cereal.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os preços indicados para exportação apresentam forte recuo. Tradings indicam R$ 84,00 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá (PR), o equivalente a cerca de R$ 69,00 a R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados, para embarque em julho e pagamento no fim de agosto. Para efeito de comparação: no dia 1º de julho o preço no Porto de Paranaguá (PR) estava entre R$ 92,00 e R$ 93,00 por saca de 60 Kg (ou entre R$ 77,00 e R$ 78,00 FOB Dourados, considerando um frete de R$ 14,00 a R$ 15,00 por saca de 60 Kg). Os valores indicados por empresas do mercado interno também registram queda, a R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em 30 dias, ante R$ 74,00 por saca de 60 Kg no início desta semana. Os produtores estão retraídos, na expectativa de ajustes positivos nos preços. Os produtores têm se dedicado a cumprir contratos fechados anteriormente.
No Paraná, na região oeste, os compradores indicam entre R$ 80,00 e R$ 82,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mas os vendedores desejam valores mais altos (entre R$ 86,00 e R$ 87,00 por saca de 60 Kg). A disparidade entre as indicações de compra e venda atrapalha as negociações. O milho está sendo pressionado pela entrada da 2ª safra de 2002 no mercado, mas os vendedores têm resistido, na expectativa de preços mais remuneradores.