01/Jul/2022
Negociações de milho no spot seguem pontuais nas regiões produtoras do País. Há discordância em relação a preços entre as pontas compradora e vendedora e pressão por parte de alguns compradores, que, com o avanço da colheita da 2ª safra de 2022, aguardam por maior oferta do cereal e que os vendedores baixem suas indicações.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, a negociação segue travada. Os compradores de menor porte da região e de Santa Catarina indicam entre R$ 87,00 e R$ 88,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 10 dias, mas vendedores desejam R$ 90,00 por saca de 60 Kg. A demanda é pontual, no aguardo de maiores volumes da 2ª safra de 2022. Os compradores tentam pressionar o mercado, mas os vendedores não cedem, pois ainda não há grande volume da colheita da 2ª safra de 2022 sendo ofertado.
No Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 88,50 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e pagamento no começo de agosto, o que representa R$ 84,00 por saca de 60 Kg nos Campos Gerais. Na região norte, a indicação de compra está entre R$ 82,00 e R$ 83,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 10 dias. As grandes indústrias, tanto nos Campos Gerais como na região norte, estão fora do mercado. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2022/2023), os compradores indicam R$ 85,00 por saca de 60 Kg, para retirada em fevereiro e pagamento em março nos Campos Gerais, mas o valor não atrai interesse de venda.
Em Goiás, na região de Rio Verde, há registro de negócios a R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os compradores internos estão mais ativos no mercado. Os exportadores compram eventualmente, a depende da oportunidade. De toda forma, a comercialização da 2ª safra de 2022 está lenta ante os anos anteriores. A negociação da 2ª safra de 2023 está completamente parada na região e não há sequer indicação de compra. Os produtores estão cautelosos com os custos, especialmente de fertilizantes nitrogenados.