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23/Jun/2022

Rentabilidade do milho supera soja em 2022/2023

A Agroconsult apontou que a rentabilidade do milho 2ª safra de 2023 vai superar a da soja 2022/2023. Considerando a rentabilidade combinada de soja e milho 2ª safra de 2022 do médio-norte de Mato Grosso, a estimativa é de 45 sacas de 60 quilos por hectare, sendo que a contribuição da soja ficaria em 28 sacas de 60 quilos por hectare, e a do milho, em 18 sacas de 60 quilos por hectare. Se descontado um arrendamento de 14 sacas de 60 quilos por hectare, que normalmente é pago com a safra de soja, a rentabilidade do cereal já superaria a da oleaginosa para produtores com 100% da área arrendada. Para a safra 2022/2023, a rentabilidade combinada de soja e milho esperada é de 41 sacas de 60 quilos por hectare, e a contribuição do milho (24 sacas de 60 quilos por hectare) deve superar a da soja (17 sacas de 60 quilos por hectare) mesmo antes do desconto do arrendamento.

O cálculo é feito considerando o que sobra para o produtor após o pagamento dos custos e converte a saca de milho em saca de soja para fins de comparação. Antes do período mais favorável, que foram esses três últimos anos, na soja sobravam 14, 15, 17 sacas de 60 quilos por hectare. Nesses últimos três anos, sobraram 18, 25 e 28 sacas de 60 quilos por hectare. No ano que vem, com essa subida significativa de custo de produção e preços ainda bem elevados, a soja vai voltar a deixar 17 sacas de 60 quilos por hectare. O milho na safra 2021/2022 está deixando 18 sacas de 60 quilos por hectare de resultado, no ano passado 21 sacas de 60 quilos por hectare e no anterior, 20 sacas de 60 quilos por hectare. Olhando para 2022/2023, em que o preço ainda está alto por causa de uma menor produção dos Estados Unidos e pelo problema da Ucrânia, e mesmo considerando aumento de custo de produção, o milho vai deixar mais resultado do que a soja.

Nos últimos dez anos, a 2ª safra de milho vem aumentando a 6,8% ao ano em produção, enquanto a safra de verão (1ª safra) cresce 3% ao ano. O milho está virando a principal lavoura do ano. Além do crescimento do mercado interno, tanto para proteína animal quanto para etanol de milho, a assinatura do protocolo fitossanitário de exportação de milho brasileiro para a China é destaque. O Brasil não está exportando ainda, mas em algumas semanas esses embarques devem iniciar. É um mercado que nos últimos anos girou acima dos 20 milhões de toneladas e no ano que vem deve se aproximar de 30 milhões de toneladas de importação. É um mercado enorme para o qual o Brasil não exporta, apesar de exportar 40 milhões de toneladas para outros mercados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.