21/Jun/2022
O ritmo de comercialização de milho aumentou um pouco em algumas regiões do Brasil nos últimos dias, impulsionado pela valorização do dólar ante o Real e pelo avanço da colheita. Os preços indicados para exportação estão subindo e puxando para cima os valores indicados por consumidores domésticos. Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, há registro de negócios para exportação a R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em julho e R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em outubro. Os consumidores domésticos vêm indicando os mesmos valores apresentados por tradings.
Os produtores têm buscado fazer negócios com embarque e pagamento mais rápidos, para garantir o pagamento dos custos da colheita. Mas, as tradings estão quase sem espaço para mais negócios com carregamento no curto prazo e têm feito propostas principalmente para embarque em setembro, outubro e novembro. Para embarque em outubro e pagamento em dezembro, tradings indicam R$ 81,00 por saca de 60 Kg. Para negociação antecipada da 2ª safra de 2023, o interesse por parte de produtores ainda é fraco. A indicação de compra é de R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em junho do ano que vem e pagamento em agosto.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, os compradores de menor porte do mercado interno indicam R$ 88,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 10 dias. As fábricas não abrem indicações, à espera de um maior volume da 2ª safra de 2022. Para exportação, a indicação de compra é de R$ 90,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho e pagamento em agosto. Os vendedores buscam entre R$ 95,00 e R$ 100,00 por saca de 60 Kg para desovar os lotes que restam da safra de verão (1ª safra 2021/2022). Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2022/2023), os compradores indicam R$ 85,00 por saca de 60 Kg, para retirada em fevereiro e março e pagamento no início de abril.