10/Jun/2022
Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade nesta quinta-feira (09/06) na Bolsa de Chicago, devolvendo ganhos iniciais. O vencimento dezembro do grão cedeu 1,00 cent (0,14%), e fechou a US$ 7,16 por bushel. O mercado foi influenciado inicialmente pela possibilidade de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduza nesta sexta-feira (10/06) sua previsão de área semeada com milho no país. Normalmente, o USDA costuma aguardar o relatório de área plantada, que sai em 30 de junho, antes de atualizar suas estimativas. No entanto, não seria inédita uma redução da área no relatório de oferta e demanda de junho.
É esperada uma redução de 202,3 mil hectares, para 36,02 milhões de hectares. Incertezas quanto aos grãos ucranianos retidos desde o início da guerra também vinham dando suporte aos preços. Uma reunião entre autoridades russas e turcas para a criação de um corredor de exportação de grãos no Mar Negro terminou sem grandes avanços na quarta-feira (08/06). A Ucrânia, que não participou da reunião, não deu permissão para um possível acordo entre Rússia e Turquia, e disse que precisa de garantias de que a Rússia não usará esse corredor para novos ataques.
Autoridades dos Estados Unidos também estão céticas em relação às negociações entre Rússia e Turquia. Esses fatores, porém, foram contrabalançados pelo fortalecimento do dólar no mercado internacional, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros. O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos venderam 280,4 mil toneladas de milho da safra 2021/2022 na semana encerrada em 2 de junho. O volume representa aumento de 51% ante a semana anterior e de 19% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram vendidas 73,5 mil toneladas. A soma das duas safras é de 354 mil toneladas