20/Mai/2022
A chegada da onda de frio em diversas regiões do Brasil, do Sul ao Centro-Oeste, está puxando os preços para cima em algumas regiões. De modo geral, os produtores continuam insistindo em valores mais altos do que os indicados por compradores, o que impede a realização de negócios mais volumosos. Em importantes Estados produtores de 2ª safra, como Mato Grosso, as perdas são dadas como certas e fala-se em 20% de quebra.
No Rio Grande do Sul, na região noroeste, os preços pagos pelo grão têm alta de R$ 4,00 a R$ 5,00 por saca de 60 Kg. Com a ameaça de geada no Paraná e em outros Estados, há cautela quanto ao fornecimento, o que eleva os preços. A alta está estimulando a realização de novos acordos envolvendo volumes destinados à indústria doméstica. Há registro de negócios entre R$ 94,00 e R$ 95,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata. Na região de Porto Alegre, a indicação de compra é de R$ 100,00 por saca de 60 Kg no spot para cereal posto no Porto de Rio Grande. Esse valor não atrai os produtores. Quanto à safra de verão (1ª safra 2022/2023), a negociação não avança na região. Não há sequer referência de preço de compra ou venda.
Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, a demanda por milho no spot segue fraca, com a maioria das granjas abastecidas e exportadores fazendo pouco esforço para originar volumes. Tradings indicam até R$ 72,00 por saca de 60 Kg FOB e as poucas granjas presentes no mercado aceitavam pagar até R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB, em ambos os casos para retirada e pagamento em maio. Os produtores, contudo, indicam no mínimo R$ 80,00 por saca de 60 Kg. O mercado está parado. Com relação à 2ª safra de 2022, as indicações de compra para exportação registram leve recuo, para R$ 77,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho e pagamento no fim de agosto. Os produtores desejam valores mais altos. Os preços se mantêm praticamente estáveis nos últimos sete dias.