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12/Mai/2022

Futuros de milho em alta acompanhando petróleo

Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (11/05) na Bolsa de Chicago. O mercado foi impulsionado pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Dados mostraram que a produção média de etanol no país foi de 991 mil barris por dia na semana encerrada em 6 de maio. O volume representa alta de 2,27% ante o registrado na semana anterior, de 969 mil barris por dia. Já os estoques do biocombustível aumentaram 0,84%, para 24,1 milhões de barris.

O vencimento julho do milho subiu 13,25 cents (1,71%), fechou a US$ 7,88 por bushel. Atrasos no plantio nos Estados Unidos também deram suporte às cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que agricultores tinham semeado 22% da área total prevista até o dia 8 de maio, um avanço de 8% ante a semana anterior. O progresso, no entanto, ainda é muito lento na comparação com um ano antes (64%) e com a média dos cinco anos anteriores (50%). Para muitos analistas, esse atraso pode acabar comprometendo o rendimento das lavouras.

A expectativa, no entanto, é de que os trabalhos de campo se acelerem nesta semana com o tempo mais favorável no Meio Oeste dos Estados Unidos. Quanto ao relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quinta-feira (12/05), analistas esperam que os estoques de milho ao fim de 2021/2022 sejam estimados em 35,66 milhões de toneladas, em comparação a 36,58 milhões de toneladas projetadas em abril. A colheita em 2022/2023 deve ser estimada em 375,39 milhões de toneladas, ante 383,92 milhões de toneladas na temporada anterior.

As reservas nos Estados Unidos ao fim de 2022/2023 devem ser projetadas em 33,15 milhões de toneladas. O mercado está interessado principalmente no milho, cuja produção já deve ser menor por causa da perda de área. Os analistas também esperam que a produção total de milho no Brasil seja reduzida de 116 milhões de toneladas para 113,9 milhões de toneladas, por causa do clima seco em áreas centrais do País.