11/Mai/2022
A negociação de milho segue em ritmo lento, com demanda enfraquecida e pouca urgência dos vendedores em fechar novos acordos. No caso do milho disponível, os preços mais baixos do que os oferecidos pelo cereal que está no campo levam os produtores a adiar negócios para quando a 2ª safra de 2022 começar a ser colhida. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2022 tampouco avança, seja porque os produtores especulam sobre possíveis altas sustentadas pela falta de chuvas em regiões produtoras, seja porque os compradores consideram a possibilidade de queda de preços na época da colheita.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os preços indicados por pequenos consumidores se mantêm estáveis, a R$ 78,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mas os produtores querem valores mais altos (R$ 85,00 por saca de 60 Kg). Com isso, o mercado está travado. Vai começar a ter oferta no mercado da 2ª safra de 2022 de Mato Grosso e a tendência é de que os compradores observarem o que vai para exportação. Para a 2ª safra de 2022, as empresas do mercado interno indicam R$ 83,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho e pagamento em agosto. Para exportação, a indicação é de R$ 90,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em ferrovia em Maringá (PR), preço que, com o desconto do frete, estimado em R$ 7,00 por saca de 60 Kg, equivaleria a R$ 83,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados. Mas, praticamente não tem oferta.
No Paraná, na região oeste, há registro de negócios a R$ 88,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento no fim de junho. Na região norte do Estado, os compradores indicam R$ 88,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos, mas os vendedores desejam valores mais altos. Para a 2ª safra de 2022, a indicação é de R$ 94,00 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e R$ 98,00 por saca de 60 Kg, para entrega em dezembro no Porto de Paranaguá, com pagamento 30 dias depois da entrega. Esses valores, contudo, não atraem o interesse de vendedor no interior do Estado. Enquanto aguardam a chegada da 2ª safra de 2022, os compradores domésticos seguem atuantes, com objetivo de garantir o suprimento. Do lado da venda, há pouca pressão por desovar estoques remanescentes para liberar espaço em armazéns para a 2ª safra de 2022