05/Mai/2022

Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta quarta-feira (04/05) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O vencimento julho do milho ganhou 1,25 cent (0,16%), e fechou a US$ 7,94 por bushel. A alta também foi sustentada por atrasos no plantio nos Estados Unidos e pelo tempo seco em áreas centrais do Brasil. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou na segunda-feira (02/05) que produtores de milho tinham semeado 14% da área total prevista até o dia 1º de maio, em comparação a 42% um ano antes e 33% na média dos cinco anos anteriores.

Quanto ao Brasil, o site Soybean & Corn Advisor reduziu em 5 milhões de toneladas sua estimativa para a produção total, para 107 milhões de toneladas, considerando uma perda de 10% na 2ª safra de 2022 em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Apesar desses fatores, a expectativa em torno da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre a taxa de juros nos Estados Unidos manteve traders cautelosos e limitou os ganhos.

Perto do fechamento do mercado, o Fed anunciou uma elevação da taxa dos Fed Funds de 0,5%. Fundos vinham investindo em commodities como proteção contra a inflação, e um aumento de 0,5% pode aprofundar a liquidação de contratos. Dados mostraram que a produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 969 mil barris por dia na semana encerrada em 29 de abril. O volume representa alta de 0,62% ante o registrado na semana anterior, de 963 mil barris por dia. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Os estoques do biocombustível diminuíram 0,42%, para 23,9 milhões de barris. Quanto aos estoques, as estimativas iam de 23,520 milhões a 23,865 milhões de barris.