02/Mai/2022

Os futuros de milho fecharam estáveis na sexta-feira (29/04) na Bolsa de Chicago, devolvendo ganhos iniciais. O vencimento julho do grão terminou sem variação, em US$ 8,13 por bushel. O contrato acumulou alta de 3,1% na semana passada e de 11% no mês de abril. O mercado foi influenciado em parte pelo clima desfavorável em áreas de cultivo do Brasil e dos Estados Unidos. O tempo frio e úmido está atrapalhando o avanço da semeadura nos Estados Unidos, enquanto a falta de chuvas vem prejudicando o desenvolvimento da 2ª safra de 2022 em áreas centrais do Brasil.

O mês de abril de 2022 foi o mais seco em 17 anos em Mato Grosso, o principal Estado produtor do País. O enfraquecimento do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros, também deu algum suporte aos preços. Esses fatores, no entanto, foram contrabalançados pelo desempenho do petróleo, que inverteu o sinal e passou a cair.

O recuo do combustível fóssil diminui a competitividade relativa do etanol, que nos Estados Unidos é feito principalmente com milho. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de milho na Argentina atingiu 24,6% da área apta. Na semana passada, o avanço foi de apenas 1,4%. Os agricultores estão dando prioridade à colheita da soja no centro e no sul da área agrícola, enquanto aguardam a secagem do milho. A produtividade média nacional está em 6.670 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 49 milhões de toneladas.