25/Abr/2022
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (22/04) na Bolsa de Chicago. Traders embolsaram lucros após os preços terem atingido, na semana passada, o maior nível em quase uma década. No dia 18 de abril, o milho superou os US$ 8,00 por bushel pela primeira vez desde agosto de 2012. O mercado também foi pressionado pelo avanço do dólar ante as principais moedas e pelo enfraquecimento do petróleo. A alta da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
O vencimento julho do grão recuou 6,25 cents (0,79%), e fechou a US$ 7,89 por bushel. Na semana passada, a alta acumulada foi de 0,67%. Os preços recuaram apesar de vendas externas expressivas dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 1,347 milhão de toneladas de milho para a China e de 281 mil toneladas para o México. Traders observaram, porém, que os dados semanais de vendas publicados na quinta-feira (21/04) continuaram pesando sobre os negócios.
De acordo com o USDA, exportadores venderam 879,2 mil de toneladas de milho da safra 2021/2022 na semana encerrada em 14 de abril. O volume representa queda de 34% ante a semana anterior e de 6% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram vendidas 389,6 mil toneladas. A soma das duas safras é de 1,266 milhão de toneladas, abaixo do piso das estimativas de analistas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de milho na Argentina atingiu 23,2% da área apta, avanço de 3,8% na semana. A produtividade média nacional está em 6.590 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 49 milhões de toneladas.