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22/Abr/2022

Preços futuros do milho disparando com a guerra

O preço do milho na Bolsa de Chicago ficou acima da marca de US$ 8,00 por bushel no início desta semana, pela primeira vez desde setembro de 2012. As cotações do grão subiram mais de um terço em 2022 e a alta está intimamente relacionada ao conflito entre Rússia e Ucrânia. A Ucrânia é um dos principais fornecedores de milho do mundo e, antes do início da guerra, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previa que o país do Leste Europeu exportasse 33,5 milhões de toneladas de milho neste ano-safra. O que equivaleria a 16% das exportações globais do grão. Atualmente, o USDA baixou sua previsão para as exportações de milho ucraniano para apenas 19 milhões de toneladas, já que o confronto forçou o fechamento dos portos.

A semeadura para a safra deste ano também será prejudicada consideravelmente pela guerra em curso. Como resultado do déficit na oferta de milho ucraniano, a demanda por fornecedores alternativos, como Estados Unidos e Brasil, deve aumentar. De acordo com o USDA, as exportações de milho dos Estados Unidos devem totalizar 63,5 milhões de toneladas nesta safra, enquanto as exportações brasileiras de milho devem chegar a 44,5 milhões de toneladas. Antes do início da guerra na Ucrânia, as previsões correspondentes eram quase 2 milhões e 1,5 milhão de toneladas menores, respectivamente.

Uma vez que os Estados Unidos se tornam um importante player no cenário, há preocupações de que o clima frio no país possa atrasar o plantio de milho. Os números do USDA mostram que 4% da área planejada havia sido plantada até o dia 17 de abril, abaixo da média dos últimos cinco anos. Os agricultores dos Estados Unidos pretendem plantar milho em 36,22 milhões de hectares nesta primavera (haverá recuo de área). Supondo que os rendimentos permaneçam inalterados, isso por si só resultaria em 17,5 milhões de toneladas a menos de milho sendo colhido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.