20/Abr/2022
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou sua estimativa de oferta e demanda de milho em Mato Grosso referente à safra 2021/2022. A estimativa de oferta no Estado foi reajustada para 40,57 milhões de toneladas, avanço de 24,56% em relação ao ciclo 2020/2021. A alta está em acordo com a estimativa de produção, que foi ampliada para 40,56 milhões de toneladas, dado ao aumento da área e boas perspectivas quanto ao desenvolvimento produtivo da safra. Também foram revisados os números relativos ao consumo interno de milho no Estado, para 11,92 milhões de toneladas, recuo de 1,22% ante a estimativa anterior, decorrente do ajuste nas estimativas de compras de milho de algumas usinas no Estado.
Em relação à demanda de outros Estados, esta deve alcançar 3,42 milhões de toneladas, acréscimo de 1,81% ante o relatório anterior, pautado pela redução nas estimativas iniciais da produção da safra de verão (1ª safra 2021/2022) na Região Sul do País. Quanto às exportações, a projeção de embarques é de 24,73 milhões de toneladas, ajuste 4,14% superior em relação à estimativa anterior. As exportações devem ser, ainda, 61,8% maiores em relação à safra passada, em razão da menor oferta global, sobretudo pela quebra da safra sul-americana e incertezas quanto à safra da Ucrânia. Em relação à safra passada, referente ao ciclo 2020/2021, foi mantida as estimativas de oferta em 32,57 milhões de toneladas, uma vez que a produção foi consolidada em 32,56 milhões de toneladas.
Frente à temporada anterior, essa estimativa representa uma queda de 8,16%, em reflexo das intempéries climáticas durante o desenvolvimento do cereal nas lavouras. Quanto ao consumo total do milho produzido no Estado, estima-se, para a safra 2020/2021, queda de 8,17% frente à safra anterior, o que corresponde a 32,57 milhões de toneladas. Dentro disso, o consumo em Mato Grosso foi reajustado negativamente e ficou previsto em 11,36 milhões de toneladas, dada a perspectiva de menor consumo para ração, uma vez que o aumento nos custos de produção dessas culturas no Estado tem limitado a ampliação da produção.
O consumo interestadual previsto para o ciclo 2020/2021 aumentou em 40,40% se comparado com o relatório anterior e ficou previsto em 5,63 milhões de toneladas, consequência da quebra da safra de milho na Região Sul do Brasil, que exigiu uma maior demanda pelo cereal mato-grossense. Quanto às estimativas de exportações da safra, estas foram reduzidas em 8,27% ante o relatório passado, sendo previsto um volume de 15,58 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 30,64% frente aos embarques da temporada 2019/2020, reflexo da menor oferta neste ano-safra e realocação da demanda para o mercado interno. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.