ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

04/Abr/2022

Futuros pressionados por maior produção no Brasil

Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (1º/04) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado por uma maior estimativa para a 2ª safra de 2022 no Brasil. A previsão de colheita de milho 2ª safra de 2022 foi elevada de 89,4 milhões de toneladas para 91,9 milhões de toneladas em 2021/2022. O volume supera em 55,2% o colhido na 2ª safra de 2021. O avanço na oferta foi puxado por expectativas mais favoráveis para Paraná e Mato Grosso. O vencimento maio do cereal recuou 13,75 cents (1,84%), e fechou a US$ 7,35 por bushel. Na semana passada, a perda acumulada foi de 2,52%.

A queda foi limitada por sinais de demanda pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 136 mil toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. A expectativa de uma área plantada menor nos Estados Unidos também impediu uma queda mais acentuada. O USDA estimou que os produtores devem semear 36,22 milhões de toneladas com milho neste ano. Na temporada 2021/2022, foram semeados 37,78 milhões de hectares. Analistas esperavam uma área maior (37,23 milhões de hectares).

A redução esperada na área de milho se deve em parte aos custos mais altos de insumos como fertilizantes nitrogenados, cujo consumo é bastante alto nas lavouras do cereal. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou, no dia 31 de março, que a colheita de milho na Argentina alcançou 14,4% da área apta. Na semana passada, o avanço foi de 4,3%. Geadas registradas nos últimos dias podem interromper o ciclo de desenvolvimento das lavouras semeadas mais tarde, colocando em risco a produtividade e a área colhida. Até agora, o rendimento médio nacional está em 6.000 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 49 milhões de toneladas.