31/Mar/2022

Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (30/03) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Dados de produção e estoques de etanol divulgados mais cedo, no entanto, foram baixistas. De acordo com a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, a produção média foi de 1,036 milhão de barris por dia na semana encerrada em 25 de março.

O volume representa redução de 0,57% ante o registrado na semana anterior, de 1,042 milhão de barris por dia. Já os estoques do biocombustível aumentaram 1,53%, para 26,5 milhões de barris, o maior nível desde o fim de abril de 2020. O vencimento maio do milho subiu 11,75 cents (1,62%), e fechou a US$ 7,38 por bushel. O desempenho do milho também refletiu o enfraquecimento do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros. A escalada do conflito no Leste da Ucrânia contribuiu para os ganhos. O país é o quarto maior exportador mundial de milho e há receio de que a área semeada em 2022/2023 fique bem abaixo da do ciclo anterior. O mercado está hesitante em acreditar em qualquer coisa relacionada ao progresso da paz agora.

A queda registrada no dia 29 de março foi vista como uma oportunidade de compra. Quanto aos relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques, que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga nesta quinta-feira (31/03), analistas acreditam que a área de milho nos Estados Unidos será projetada em 37,23 milhões de hectares neste ano, em comparação a 37,78 milhões de hectares em 2021. Quanto aos estoques, o volume no começo de março deve ser estimado em 200,28 milhões de toneladas, ante 195,48 milhões de toneladas um ano antes.