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30/Mar/2022

Preços devem acompanhar paridade de exportação

Segundo o Itaú BBA, Rússia e Ucrânia representam quase 20% das exportações globais de milho. Isso traz grande preocupação porque é o período de início de plantio de milho no Hemisfério Norte, inclusive na Ucrânia, e há preocupação com a área plantada no país. A Ucrânia pode plantar 50% a menos que no ano anterior. Boa parte do cereal é plantada no norte do país, onde há conflito bélico. Sem a Ucrânia, o mercado global de milho tende a seguir bem apertado. Por isso, mesmo que não haja problemas climáticos, os estoques finais devem cair, a relação estoque/uso tende a ficar apertada e os preços internacionais devem permanecer em patamares elevados no próximo ano-safra.

Para o Brasil, a expectativa é de que este ano os preços comecem a refletir o cenário de bom desenvolvimento da 2ª safra de 2022, que foi plantada na janela correta, apesar da quebra da safra de verão (1ª safra 2021/2022). Se tudo caminhar bem, a produção na 2ª safra de 2022 deve ficar entre 88 milhões e 89 milhões de toneladas, isso deve fazer com que o preço do Brasil acompanhe a paridade de exportação. Ainda assim, são preços bem elevados do ponto de vista histórico. Caso haja quebra de safra, o efeito nos preços deve mais do que compensar a perda de produção para os produtores.

Se houver queda de 10% frente ao teto produtivo, a compensação em preço é tão maior que não vai prejudicar a margem operacional do produtor. O impacto deve ser mais forte para os consumidores. O produtor rural suporta uma quebra de 10% a 15%, mas há dúvidas sobre o quanto consumidores, principalmente de milho e farelo, aguentam. O impacto pode ser maior na agroindústria do que no produtor, porque vai haver reflexo de preço. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.