30/Mar/2022
Os futuros de milho fecharam em queda expressiva nesta terça-feira (29/03) na Bolsa de Chicago, acompanhando o desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. A queda do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre os contratos.
Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O enfraquecimento tanto do trigo quanto do petróleo se deve à expectativa em torno das negociações entre Rússia e Ucrânia para um cessar-fogo. Isso também afeta diretamente o milho, já que a Ucrânia é o quarto maior exportador mundial do grão. O vencimento maio recuou 22,25 cents (2,97%), e fechou a US$ 7,26 por bushel.
Quanto aos relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques, que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga nesta quinta-feira (31/03), analistas acreditam que a área de milho nos Estados Unidos será projetada em 37,23 milhões de hectares neste ano, em comparação a 37,78 milhões de hectares em 2021.
Quanto aos estoques, o volume no começo de março deve ser estimado em 200,28 milhões de toneladas, ante 195,48 milhões de toneladas um ano antes. A boa perspectiva para a 2ª safra de milho de 2022 no Brasil também pressionou as cotações. O plantio da 2ª safra de 2022 no País atingiu 97,88% da área na última semana, ante 93,91% da semana anterior e 70,69% um mês atrás. No ano passado, a área atingia 91,70%.