23/Mar/2022
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (22/03) na Bolsa de Chicago. O mercado foi influenciado em parte pelo enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Investidores no mercado de petróleo embolsaram lucros após a commodity ter acumulado ganho de 18% nas três sessões anteriores. O vencimento maio do milho recuou 3,25 cents (0,43%), e fechou a US$ 7,53 por bushel.
A boa perspectiva para a 2ª safra de milho de 2022 no Brasil também pesou sobre os contratos. O plantio da 2ª safra de 2022 de milho alcançou 98% da área estimada para o Centro-Sul do País até o dia 17 de março, ante 94% na semana anterior e 90% um ano antes. Chuvas muito bem-vindas foram registradas no Paraná, em Mato Grosso do Sul e São Paulo e, de um modo geral, a safra se desenvolve bem em toda a região. A colheita do milho safra de verão (1ª safra 2021/2022) atingiu 58% da área no Centro-Sul, em comparação com 47% um ano atrás.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publica no fim do mês seus relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques, e há receio de que o número de área seja um pouco baixista. Muitos produtores estão relatando que, tendo em vista os diferenciais atuais de preços, o milho é potencialmente mais lucrativo do que a soja. O mercado está projetando uma área de milho de 37,39 milhões de hectares. No mês passado, o USDA estimou a área em 37,23 milhões de hectares.