22/Mar/2022
Os futuros de milho fecharam em alta expressiva nesta segunda-feira (21/03) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também deu suporte às cotações. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do grão subiu 14,50 cents (1,95%), e fechou a US$ 7,56 por bushel.
Os negócios também foram influenciados por temores de que a guerra na Ucrânia se prolongue e afete o plantio das safras de primavera, que deveria começar em abril. O impasse nas negociações para um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia está impulsionando as cotações do cereal. A Ucrânia é o quarto maior fornecedor mundial de milho, e a interrupção dos embarques do país parece estar beneficiando outros exportadores. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 1,47 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana até 17 de março, aumento de 27,86% ante a semana anterior.
No Brasil, o plantio da 2ª safra de 2022 de milho alcançou 98% da área estimada para o Centro-Sul do País até o dia 17 de março, ante 94% na semana anterior e 90% um ano antes. Chuvas muito bem-vindas foram registradas no Paraná, em Mato Grosso do Sul e São Paulo e, de um modo geral, a safra se desenvolve bem em toda a região. A colheita do milho safra de verão (1ª safra 2021/2022) atingiu 58% da área no Centro-Sul, em comparação com 47% um ano atrás.