15/Mar/2022
Os futuros de milho fecharam em queda nesta segunda-feira (14/03) na Bolsa de Chicago. O recuo do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, pressionou as cotações. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Os preços também passaram por uma correção após terem subido nas cinco semanas anteriores e acumulado ganho de 22,6% no período. Dados publicados na sexta-feira (11/03) pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostraram que fundos de investimento elevaram sua posição líquida comprada em milho em 5,52% na semana encerrada em 8 de março, de 337.221 para 355.824 lotes.
O vencimento maio do grão caiu 14,25 cents (1,87%), e fechou a US$ 7,48 por bushel. Além disso, o mercado de milho tem dificuldade para encontrar novidades altistas que mantenham os preços sustentados, após o grande prêmio de risco que foi adicionado às cotações ao longo do último mês. O mercado já deveria ter passado por uma retração mais considerável. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta segunda-feira (14/03) que 1,14 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas em portos dos Estados Unidos na semana até 10 de março, queda de 27,6% ante a semana anterior.
Os embarques totais de milho na semana passada representaram o menor nível em cinco semanas, acendendo um alerta para traders e contribuindo para a liquidação desta segunda-feira (14/03). Quanto à produção do Brasil, o plantio da 2ª safra de 2022 já cobria 94% da área prevista no Centro-Sul do País até o dia 10 de março, ante 81% na semana anterior e 74% um ano atrás. O movimento foi intenso porque o fim da janela ideal vem se aproximando nas regiões mais tardias, que plantam o grão até 15 de março. A colheita do milho safra de verão (1ª safra 2021/2022) chegou a 52% da área do Centro-Sul até o dia 10 de março, ante 41% em igual período do ano passado.