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23/Fev/2022

Futuros em alta com o fortalecimento do petróleo

Os futuros de milho fecharam em alta expressiva nesta terça-feira (22/02) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados em parte pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O desempenho também refletiu as tensões na região do Mar Negro, que podem afetar os embarques da Ucrânia, o quarto maior exportador mundial de milho. Segundo o Rabobank, uma guerra na região poderia desencadear uma alta de 20% nos preços do grão. De acordo com o Observatório de Complexidade Econômica, a Ucrânia é responsável por 13,1% das exportações mundiais de milho.

O vencimento maio subiu 19,75 cents (3,03%), e fechou a US$ 6,72 por bushel. Traders também aguardam nesta semana o Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que ocorre nos dias 24 e 25 de fevereiro. O mercado deve se concentrar principalmente nas estimativas de área plantada. Há vários meses afirmam que os altos custos de insumos para o milho vão reduzir a área plantada, mas relatos individuais de agricultores sinalizam para um cenário diferente.

Os produtores do cinturão de milho podem aumentar a área plantada independentemente dos custos de insumos, por causa da demanda crescente. Um agravamento do conflito entre Rússia e Ucrânia, no entanto, pode resultar em menor oferta de gás natural da Rússia e impulsionar ainda mais os preços de fertilizantes. O gás natural é um ingrediente chave na fabricação de fertilizantes nitrogenados, cujo consumo é bastante alto nas lavouras do cereal. O USDA informou que 1,58 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana até 17 de fevereiro, aumento de 8,31% ante a semana anterior.