22/Fev/2022
A oscilação dos preços do milho no spot pouco tem influenciado o interesse de venda dos produtores. Em algumas regiões, os valores apresentam queda e, em outras, permaneceram estáveis, mas a oferta de lotes, de modo geral, segue fraca porque os produtores estão focados na colheita e negociação da soja. Além disso, muitos especulam sobre altas futuras do milho sustentadas pela quebra de produção em regiões da América do Sul e pelos preços internacionais.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, comprador do mercado interno indica R$ 78,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento no fim de abril. As usinas de etanol estão fora do mercado, bem como tradings e consumidores da Região Sul do Brasil. Os produtores, de sua parte, estão focados na colheita da soja e não sinalizam por quanto voltariam a negociar o cereal. A negociação antecipada da 2ª safra de 2022 também está parada na região. A indicação de compra está entre R$ 67,00 e R$ 68,00 por saca de 60 Kg, para embarque em julho e pagamento em agosto, mas os produtores não demonstram interesse em negociar agora.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, a negociação é lenta. Os compradores esperam por recuo nos preços em consequência do avanço da colheita da safra de verão (1ª safra 2021/2022). Os consumidores de menor porte indicam entre R$ 92,00 e R$ 93,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em uma semana. As grandes indústrias indicam entre R$ 91,00 e R$ 92,00 por saca de 60 Kg, para entrega em abril e pagamento no fim de abril e início de maio. Os vendedores desejam valores mais altos (R$ 95,00 por saca de 60 Kg), mas podem ter de ceder em meio à pressão da entrada da safra. No momento atual, o vendedor vai ter que acompanhar o comprador com o mercado mais ofertado. Para negociação futura da 2ª safra de 2022 ou da safra de verão (1ª safra 2022/2023), não há indicações de compra ou venda.