17/Fev/2022

Enquanto em Mato Grosso surgem relatos de maior oferta do que demanda por milho, em Mato Grosso do Sul, os produtores seguem retraídos e aguardando novos incrementos de preço. Com espaço em silos para armazenar o cereal colhido no ano passado e a soja que está saindo do campo agora, eles adiam as negociações, cientes da quebra de safra na Região Sul do Brasil, onde estão seus principais consumidores de milho. Além disso, aguardam chuvas para as lavouras da 2ª safra de 2022 em cultivo no Estado, à medida que a colheita da oleaginosa avança.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores de Santa Catarina e confinamentos indicam entre R$ 86,00 e R$ 87,00 por saca de 60 Kg FOB no spot, mas os produtores desejam valores mais altos (R$ 90,00 por saca de 60 Kg). Os consumidores têm conseguido se abastecer com milho de Mato Grosso e com o cereal da safra de verão (1ª safra 2021/2022) da Região Sul e, por isso, estão pouco agressivos nas compras em Mato Grosso do Sul. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2022 também está parada.

Os compradores do mercado interno indicam R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB Dourados, para embarque em julho e pagamento em agosto. Para exportação, a indicação de compra é de R$ 70,00 por saca de 60 Kg. No Paraná, na região norte, os compradores indicam R$ 97,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. O mercado é lento, pois os compradores estão abastecidos, e a demanda neste momento se restringe a granjas. Quanto à 2ª safra de 2022, a indicação de compra é de R$ 82,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho e pagamento em agosto, valor que não atrai os produtores.