14/Fev/2022

Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (11/02) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O desempenho do petróleo, que subiu mais de 3%, também impulsionou as cotações. A alta do combustível fóssil melhora a competitividade relativa do etanol, que é feito principalmente com milho nos Estados Unidos.

Tanto o avanço do trigo quanto o do petróleo foram motivados por relatos de que a Rússia teria decidido invadir a Ucrânia. O vencimento maio do milho subiu 10,00 cents (1,56%), e fechou a US$ 6,50 por bushel. Uma menor estimativa para a safra da Argentina contribuiu para os ganhos. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua projeção de 57 milhões de toneladas para 51 milhões de toneladas. O volume é menor do que a previsão mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 54 milhões de toneladas.

O ajuste foi motivado pelas altas temperaturas e pelo déficit hídrico durante períodos críticos de desenvolvimento das lavouras. Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua projeção de exportações brasileiras de milho de 36,68 milhões de toneladas para 35 milhões de toneladas, número bem menor do que a estimativa do USDA, de 43 milhões de toneladas. O USDA informou na sexta-feira (11/02) que exportadores relataram venda de 128 mil toneladas de milho para o Japão, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022.