11/Fev/2022
Os futuros de milho reverteram ganhos iniciais e fecharam em baixa nesta quinta-feira (10/02) na Bolsa de Chicago. Investidores embolsaram lucros após os preços terem avançado em três das quatro sessões anteriores e acumulado alta de 4,86% no período. O petróleo, que vinha subindo durante boa parte da sessão, passou a devolver os ganhos, o que também pesou sobre os contratos. O recuo do combustível fóssil diminui a competitividade relativa do etanol, que é feito principalmente com milho nos Estados Unidos. O vencimento março do grão perdeu 5,00 cents (0,77%), e fechou a US$ 6,41 por bushel. O mercado vem adicionando prêmio de risco climático às cotações antes da época de plantio nos Estados Unidos.
Várias partes do oeste dos Estados Unidos estão secas desde o outono passado (do Hemisfério Norte), com condições sérias de estiagem em algumas regiões. Com a proximidade do plantio, o mercado tende a ficar mais preocupado com condições anormais. Este é especialmente o caso em anos como este, quando nenhuma perda de produção pode ser tolerada. Neste cenário, espera-se um prêmio de risco elevado no mercado futuro. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 589,1 mil de toneladas de milho da safra 2021/2022 na semana encerrada em 03 de fevereiro. O volume representa queda de 50% ante a semana anterior e de 43% em relação à média das quatro semanas anteriores. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta quinta-feira (10/02) sua estimativa para a produção total de milho no Brasil em 2021/2022, de 112,9 milhões de toneladas para 112,3 milhões de toneladas. Na quarta-feira (09/02), o USDA reduziu sua previsão de 115 milhões de toneladas para 114 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava 113 milhões de toneladas.