01/Fev/2022

Os produtores que ainda dispõem de milho estocado seguem especulando preços, já que há demanda para o cereal. Mesmo assim, o consumidor prefere adquirir lotes pontualmente, a fim de não forçar altas generalizadas do grão. O principal fator altista segue sendo a quebra da safra de verão (1ª safra 2021/2022) na Região Sul do País. Já em regiões onde a chuva foi mais abundante, como São Paulo e Minas Gerais, os preços do milho estão em queda, já que a safra de verão não foi tão afetada.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, há negócios no spot a R$ 107,00 por saca de 60 Kg CIF Passo Fundo, para entrega imediata e pagamento em 35 dias. Muitos vendedores desejam valores mais altos. Há baixa oferta e a demanda segue reforçada, além da previsão de forte quebra de safra de milho de verão (1ª safra 2021/2022) na Região Sul, o que contribui para inflacionar os preços. Assim, o produtor está retraído. Ele prefere vender trigo, cevada e outros cereais neste momento para liberar espaço no armazém. Por isso, tanto milho quanto soja estão com vendas pontuais. Outro fator para produtor resistir a vender no CIF (para que ele entregue o grão na fábrica ou granja) é porque o frete segue em alta no Rio Grande do Sul.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o mercado registra lentidão. As indicações de venda e de compra têm grande disparidade: estão em R$ 90,00 e R$ 100,00 por saca de 60 Kg e R$ 86,00 por saca de 60 Kg, respectivamente (para retirada imediata e pagamento em fevereiro). Para negociação antecipada da 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento em julho/agosto. Os vendedores estão afastados dos negócios. As vendas de prazo mais longo estão travadas. Os compradores do mercado interno estão retraídos neste momento e a demanda por exportações não é alta nesta época do ano. O preço do frete é outro fator de desestímulo.