26/Jan/2022
Os futuros de milho devolveram ganhos e fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (25/01) na Bolsa de Chicago. O vencimento março do grão cedeu 1,00 cent (0,16%), e fechou a US$ 6,20 por bushel. A alta foi sustentada inicialmente pelo avanço expressivo do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesa direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. As tensões entre Rússia e Ucrânia também deram suporte aos preços do milho durante boa parte da sessão, já que podem afetar as exportações da região do Mar Negro.
Segundo a consultoria russa SovEcon, a Ucrânia tem cerca de 21 milhões de toneladas de milho para exportar até o fim da temporada 2021/2022. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também influenciou os negócios. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A Archer Daniels Midland (ADM) afirmou que a demanda por etanol nos Estados Unidos deve continuar forte em 2022, retornando aos níveis anteriores à pandemia nos Estados Unidos.
Vendedores, no entanto, foram atraídos após os preços na Bolsa de Chicago romperem os US$ 6,30 por bushel, o maior nível desde junho do ano passado. Um movimento de realização de lucros também era esperado após o milho ter subido nos seis pregões anteriores e acumulado ganho de 5,7% no período. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da safra de verão (1ª safra 2021/2022) no Brasil alcançou na semana passada 7,7% da área plantada, avanço de 3,3% ante a semana anterior e de 2,7% ante igual período do ano anterior (5%).