25/Jan/2022

O mercado interno de milho começa a semana acompanhando a evolução das lavouras, tanto o progresso da colheita do cereal da safra de verão (1ª safra 2021/2022) quanto o plantio da 2ª safra de 2022. Os compradores esperam que o maior volume de cereal disponível contenha a alta dos preços do grão. Contudo, as cotações locais se mantêm firmes nos últimos dias, porque parte dos agentes entende que, diante da quebra na safra, a oferta adicional não será expressiva. As indústrias de ração e granjas estão mais ativas no spot, tanto comprando grão para abastecimento imediato quanto alongando estoques até a entrada da safrinha.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, há registro de negócios pontuais a R$ 104,00 por saca de 60 Kg CIF fábrica, para entrega imediata e pagamento em 35 dias. Também há registro de negócios a R$ 107,00 por saca de 60 Kg, nas mesmas condições. Os preços pagos pelo cereal se mantêm estáveis nos últimos sete dias. A colheita não está pressionando os preços já que a produção será menor que o inicialmente esperado. Como a safra de verão (1ª safra 2021/2022) está sendo colhida no Estado e não há semeadura de cereal 2ª safra de 2022, não há mais indicação de compra e venda para entrega futura. A situação das lavouras está terrível e as chuvas recentes não foram suficientes para reverter as perdas do cereal.

Em Goiás, na região de Rio Verde, as vendas no spot estão paradas. O produtor indica em torno de R$ 82,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em janeiro, mas não há interesse dos compradores. Há indicações de compra do setor de proteína animal a R$ 86,50 por saca de 60 Kg CIF, mas o produtor não se interessa por ter que custear o transporte. Para a 2ª safra de 2022, as indicações de compra estão entre R$ 73,00 e R$ 74,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamentos após o início da colheita, em julho. Entretanto, as vendas também estão lentas. A perspectiva para a 2ª safra de 2022 na região é excelente, principalmente pelo plantio na janela ideal.