21/Jan/2022

Apesar da maior oferta de milho no mercado disponível, decorrente da colheita da safra de verão (1ª safra 2021/2022), os preços internos continuam firmes. Os produtores não cedem nas indicações e as indústrias precisam elevar valores para atrair lotes para compra, o que limita a efetivação de novos negócios. As pontas vendedora e compradora mantêm a cautela no fechamento de novos contratos, em meio à expectativa de avanço da colheita e a mensuração real das perdas na safra brasileira.

Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, há registro de negócios no spot para usina de etanol a R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em fevereiro. O processamento do cereal para o biocombustível continua com margens boas, portanto a indústria tem montado estoques. Ainda que o preço do etanol tenha recuado nas últimas semanas, o biocombustível continua valorizado. Hoje, as usinas pagam mais do que compradores do setor de proteína animal. Para a 2ª safra de 2022, a indicação de compra está entre R$ 64,00 e R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto, mas o mercado está parado.

No Paraná, na região norte, os compradores indicam entre R$ 95,00 e R$ 96,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em fevereiro. Os produtores desejam valores mais altos (R$ 98,00 por saca de 60 Kg), o que limita a negociação. Os produtores não cedem no preço e a indústria está bem abastecida. Os preços se mantêm estáveis nos últimos sete dias. Quanto à venda antecipada da 2ª safra de 2022, há registro de negócios a R$ 83,00 por saca de 60 Kg FOB região oeste do Estado, para retirada em julho e agosto e pagamento em ambos os meses. Os exportadores indicam o mesmo valor, mas para o milho colocado no porto, o que não atrai os produtores.