01/Dez/2021

O desacordo sobre preços entre compradores e vendedores continua nas regiões produtoras do País e, com isso, poucos lotes de milho rodam no spot. As indicações de venda seguem bem acima do que o comprador estaria disposto a pagar e, além disso, os consumidores estão bem abastecidos. Desta maneira, a comercialização está bastante travada. Nem mesmo para exportação são negociados lotes, como foi verificado na semana passada.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a comercialização de milho no spot está bastante travada. As agroindústrias da região estão bem abastecidas e compraram muito farelo de trigo, cevada e aveia branca para misturar na ração, em substituição ao milho. Desta forma, o milho, por causa do alto preço, fica em segundo plano. Os compradores indicam entre R$ 85,00 e R$ 86,00 por saca de 60 Kg CIF Passo Fundo, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Mas, os produtores desejam valores mais remuneradores (R$ 90,00 por saca de 60 Kg FOB, nos mesmos prazos). Não tem comprador para este preço. Em relação à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), não há indicações de compra. Outro fator que desestimula negociações antecipadas é o clima. Nos últimos dias, as lavouras que estão no campo sofreram com a falta de chuva.

Em Mato Grosso, na região de Sorriso, tradings continuam indicando, para exportação, R$ 67,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada até 15 de dezembro e pagamento em 22 de janeiro. Não há interesse de venda. Além disso, pelo fato de haver poucos compradores no spot no momento, as poucas tradings atuantes não veem necessidade de oferecer mais pelo produto. A negociação antecipada da 2ª safra de 2022 está parada. As usinas de etanol estão fora do mercado e tradings indicam R$ 64,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em setembro. Os produtores estão receosos em negociar antecipadamente.