19/Nov/2021
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (18/11) na Bolsa de Chicago, apesar do recuo do dólar ante as principais moedas e do avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O desempenho foi influenciado em parte pela queda da soja, que pode desencadear vendas por parte de fundos que investem em commodities. O vencimento março do milho recuou 2,25 cents (0,39%), e fechou a US$ 5,79 por bushel.
O Conselho Internacional de Grãos (IGC) elevou sua estimativa de produção global de milho em 2 milhões de toneladas, para 1,212 bilhão de toneladas em 2021/2022, aumento de 7,6% ante 2020/2021. O consumo foi elevado no mesmo volume, para 1,203 bilhão de toneladas. Os estoques subiram de 285 milhões para 287 milhões de toneladas, 9 milhões de toneladas a mais do que o estimado para o ciclo anterior. O plantio de milho da safra de verão (1ª safra 2021/2022) no Centro-Sul do Brasil estava 94,1% concluído em 12 de novembro, ante 92,9% na semana anterior.
O índice se manteve acima do verificado no ano passado, de 83,3%, e da média dos últimos anos, de 80,5%. Os pontos isolados de replantio pelo excesso de umidade não foram representativos, mas os produtores da Região Sul estão atentos às previsões de chuvas mais escassas para este mês. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta quinta-feira (18/11) que exportadores venderam 904,6 mil toneladas de milho da safra 2021/2022 na semana encerrada em 11 de novembro. O volume representa queda de 15% ante a semana anterior e de 19% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2022/2023, foram comercializadas 140 mil toneladas.