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11/Nov/2021

Relação de troca com a ureia é a pior desde 2008

O preço do gás natural, matéria-prima importante para a produção de fertilizantes nitrogenados e fosfatados, ensaiou uma baixa em meados de outubro, mas continuou em patamares elevados em comparação com anos anteriores, e voltou a subir no início de novembro. Mas, apesar do movimento, as cotações internacionais de insumos agrícolas como a ureia, seguiram trajetória de alta. Em outubro, o preço desse fertilizante, um nitrogenado bastante utilizado nas lavouras, subiu 55% em relação a setembro. No ano, a ureia já acumula alta de 185%, tendo alcançado US$ 708,00 por tonelada no mês passado (preço em Yuznhy, Ucrânia).

O forte aumento gera preocupações em virtude de seu impacto sobre os custos da 2ª safra de milho de 2022, a segunda maior cultura agrícola do País, atrás da soja, que está em fase de plantio. Entre janeiro e outubro, o cereal subiu 24% na Bolsa de Chicago, variação bastante inferior à da ureia nesse período. O valor médio mensal do contrato de milho de primeira posição passou de US$ 203,00 por tonelada em janeiro para US$ 211,20 por tonelada no mês passado. Hoje, o produtor de milho precisa de 3,35 toneladas do grão para comprar 1 tonelada de ureia.

Essa relação de troca é duas vezes maior do que a média de outubro do ano passado e o maior valor desde setembro de 2008. O gás natural é matéria-prima da amônia, que por sua vez dá origem a produtos como ureia (nitrogenado), MAP e DAP (fosfatados). A amônia líquida já acumula aumento de 230% no ano (US$ 698,00 por tonelada em outubro), uma valorização que tem impactado os custos das indústrias químicas e de fertilizantes. Nos primeiros dias de novembro, o gás natural seguiu em alta. À medida que o inverno no Hemisfério Norte avança (e o consumo de energia também), a tendência é de valorização do insumo energético. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.