11/Nov/2021
Segundo o Rabobank, no relatório “Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro em 2022” divulgado nesta quarta-feira (10/11), a China deve importar 26 milhões de toneladas de milho em 2022, volume expressivo quando comparado à média dos últimos dez anos, mas 3,5 milhões de toneladas menor em relação ao previsto para este ano. A China ainda enfrenta déficit em seus estoques de milho e, com isso, a substituição por outros grãos (trigo, arroz e cevada) ainda persistirá ao longo de 2022, o que limitará o volume importado do grão neste período. O principal fornecedor do grão ao gigante asiático será os Estados Unidos.
Em relação ao Brasil, neste ano, a queda significativa da safra de milho limitou as exportações. Assim, em meio a um cenário de salto de produção de 87 milhões de toneladas para 116 milhões de toneladas, é esperado que o volume exportado alcance 37 milhões de toneladas, 20 milhões de toneladas acima do volume exportado em 2021. Outro setor importante de consumo interno do grão, além do segmento de proteína animal, é o da indústria de etanol de milho. A produção de etanol de milho deve apresentar novo crescimento, na ordem de 500 milhões a 600 milhões de litros adicionais no comparativo com 2021.
Dessa forma, a estimativa é de que o consumo brasileiro de milho em 2021 fique entre 73 milhões e 74 milhões de toneladas, ante 72 milhões de toneladas em 2021. Quanto à safra brasileira, a projeção de plantio é de 20,8 milhões de hectares de milho na safra 2021/2022, aumento de 5% ante o ciclo anterior, estimulado pelos preços altos do grão em 2020/2021. A produção pode bater nos 116 milhões de toneladas. Vale ressaltar que essa expectativa de produção estará condicionada principalmente ao desenvolvimento da 2ª safra de 2022. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.