10/Nov/2021
Os contratos futuros de milho terminaram em alta na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (09/11), interrompendo uma trajetória de seis pregões de baixa, após o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter sinalizado maior demanda pelo cereal no país e menores estoques ao fim da safra. O vencimento dezembro do grão ganhou 3,25 cents (0,59%) e fechou a US$ 5,54 por bushel. O USDA elevou de 132,08 milhões de toneladas para 133,35 milhões de toneladas a previsão de uso do milho para fabricação de etanol.
O ajuste confirmou a expectativa de aumento nutrida pelo mercado, visto que a fabricação do biocombustível nos Estados Unidos tem crescido semana a semana. Nesta quarta-feira (10/11), o Departamento de Energia do país deve divulgar uma produção diária de etanol recorde nos Estados Unidos esta semana, a 1,11 milhão de barris por dia. A perspectiva de produção do USDA foi elevada para 382,59 milhões de toneladas. A estimativa de estoques finais foi reduzida de 38,1 milhões de toneladas para 37,94 milhões de toneladas. Outro foco de atenção do mercado eram as previsões de safra para a América do Sul.
Apesar das condições favoráveis para os grãos e plantio antecipado, o USDA manteve sua previsão de produção de milho do Brasil em 2021/2022 em 118 milhões de toneladas. A estimativa para a Argentina passou de 53 milhões de toneladas para 54,5 milhões de toneladas. No Brasil, o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) informou que o plantio da safra de verão (1ª safra 2021/2022) no Paraná atingiu, até o dia 8 de novembro, 98% da área estimada. As condições das lavouras são boas em 96% da área e o restante está em condição média de desenvolvimento.