22/Out/2021

A queda nos preços do milho nas regiões produtoras do País desestimula os produtores a vender lotes volumosos. Assim, as negociações, quando saem, são apenas pontuais. Além disso, os compradores seguem abastecidos e demandam pouco, o que contribui para pressionar os preços. Em Goiás, a comercialização de milho no spot vem ocorrendo de maneira cadenciada. Os preços têm se mantido entre R$ 82,00 e R$ 83,00 por saca de 60 Kg FOB, para pagamento antecipado e carregamento imediato, no caso de milho transgênico, e entre R$ 90,00 a R$ 92,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos, quando o cereal é convencional. Não estão fluindo negócios envolvendo grandes volumes.

Há demanda, mas os produtores estão escalonando as vendas. A procura por lotes, no momento, vem principalmente de consumidores domésticos do próprio Estado (confinadores ou fábricas de ração locais). A negociação antecipada da 2ª safra de 2020 está parada. Poucos produtores querem vender agora, pois estão focando no plantio de soja. As indicações de compra têm oscilado entre R$ 67,00 e R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em agosto do ano que vem, mas os vendedores desejam valores mais altos. No Paraná, na região de Maringá, a comercialização de milho no spot continua travada.

Os compradores indicam R$ 87,00 por saca de 60 Kg, para entrega em novembro e pagamento em janeiro de 2022. Na região norte, há registro de negócios a R$ 88,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em novembro. De maneira geral, as negociações nesta região seguem praticamente paradas, com desacordo sobre os preços entre produtores e compradores. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 76,50 por saca de 60 Kg, para embarque em junho e pagamento 30 dias depois. Na ferrovia no norte do Paraná, a indicação de compra é de R$ 71,30 por saca de 60 Kg, para embarque em julho e pagamento em 30 dias.