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11/Out/2021

DDG: previsão de forte alta na produção brasileira

A produção de grãos secos de destilaria (DDG) no Brasil deve passar dos 2 milhões de toneladas em 2021/2022, o que representaria aumento de 60% ante o 1,3 milhão de toneladas produzidos na temporada anterior. A estimativa é da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), que também projeta alcançar 6 milhões de toneladas até 2029. A previsão é feita com base em anúncios de investimentos em novas plantas de etanol de milho ou de expansão das já existentes. O DDG acompanha o aumento esperado para a produção do biocombustível à base do cereal.

Nos últimos 2 anos, a produção de etanol de milho dobrou. Na próxima safra, deve crescer mais 30%, com expectativa de chegar em 2028/2029 produzindo 8 bilhões de litros de etanol de milho. O País deve produzir 3,5 bilhões de litros entre abril de 2021 e março de 2022, 37,1% a mais do que um ano antes. A margem das usinas deve ser alta, já que os preços do milho recuaram recentemente e a cotação do biocombustível continua em nível recorde. O milho é importante coadjuvante na produção de etanol, já que o biocombustível à base de cana-de-açúcar continua com maior volume, principalmente porque a oferta é linear.

Este ano, o etanol à base do cereal representará cerca de 12% do total produzido no País, principalmente por causa da quebra na safra de cana-de-açúcar. Até 2028/2029, a expectativa é alcançar participação em torno de 20%. O DDG e o DDGS são coprodutos das usinas do biocombustível à base de milho, e representam entre 15% e 20% da receita do negócio. Para cada tonelada de milho processado, se fazem 420 litros de etanol e 300 Kg de DDG ou DDGS. O DDG é extremamente importante, além de acompanhar o preço do milho, servindo como um hedge natural da operação.

A alta do milho este ano, por exemplo, o DDG acompanhou. O cereal se valorizou por causa de estiagens e geadas em áreas produtoras no Brasil. De 7 de outubro de 2020 até o mesmo dia de 2021, o indicador do milho Cepea/Esalq/BM&F avançou 35,5%, de R$ 67,26 por saca de 60 Kg para R$ 91,12 por saca de 60 Kg. O preço atual, porém, é mais baixo do que o de alguns meses atrás, quando esse indicador chegou a superar os R$ 100,00 por saca de 60 Kg. O DDG é usado principalmente para alimentação animal por causa da alta concentração proteica.

Ele veio para aumentar leque de opções do pecuarista com relação a alimentação e dieta. É coproduto da usina de etanol de milho que melhora possibilidade de produção intensiva como confinamento e semiconfinamento. Esse tipo de produção deve ganhar espaço por causa das pressões ambientais e comerciais. O mercado exige bovinos de 30 meses. Tem que acontecer mais cedo, e só é possível fazer isso com pecuária intensiva. A tendência é essa: modernização da pecuária e terminação precoce do bovino. Isso vai exigir dietas balanceadas com componentes ricos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.