08/Out/2021
A situação das exportações de milho na Argentina continua indefinida e sem decisões oficiais a respeito de o país limitar ou não mais embarques externos do grão. Ou seja, tais informações baseiam-se, ainda, apenas em rumores de mercado. Sob este aspecto, os consumidores internos do Brasil, que vinham recorrendo ao milho argentino por causa da falta do cereal, seriam os mais afetados caso houvesse a interrupção dessas vendas. Enquanto isso, um cenário de indefinição também permeia as negociações de milho no spot nas regiões produtoras do Brasil, com poucos acordos reportados, vendedor retraído e comprador, por enquanto, abastecido.
No Paraná, na região oeste, a negociação de milho no spot segue enfraquecida. O desacordo sobre preços entre produtor e comprador limita o fechamento de novos acordos. Os compradores domésticos indicam entre R$ 90,00 e R$ 91,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, preço que não desperta interesse de venda. Esse descasamento de preços do mercado no spot limita também a comercialização antecipada tanto para a safra de verão (1ª safra 2021/2022) quanto para a 2ª safra de 2022.
Em Mato Grosso, na região de Sorriso, há registro de negócios pontuais a R$ 73,50 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em outubro e pagamento em novembro; e R$ 74,00 por saca de 60 Kg FOB, para carregamento em novembro e pagamento em dezembro. Para exportação, as indicações de compra estão praticamente nos mesmos níveis. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, há registro de negócios pontuais para consumidores domésticos entre R$ 60,00 e R$ 60,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho do ano que vem e pagamento em agosto. Os exportadores indicam o mesmo valor.