01/Out/2021

Poucos negócios são efetivados com milho no spot e nas negociações da safra futura. Sem nada que motive movimentação maior do mercado, a situação deve persistir nos próximos dias. Os produtores estão insatisfeitos com a queda de preços do grão de um mês para cá e resistem em liberar lotes volumosos pelas indicações de compra. Além disso, os produtores estão focados ou no plantio de milho safra de verão (1ª safra 2021/2022) ou na colheita de trigo na Região Sul.

Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, a demanda segue fraca. Há poucos compradores e vendedores no mercado. Os consumidores locais seguem indicando R$ 77,00 por saca de 60 Kg CIF, para embarque e pagamento em novembro. Os poucos produtores que aceitam negociar desejam valores mais altos. Assim, o mercado está parado. Não há procura de lotes para exportação e tradings continuam vendendo no mercado interno milho que seria destinado ao exterior. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, a maior parte das indicações de compra é de R$ 61,50 por saca de 60 Kg FOB ou CIF, para embarque em julho e pagamento em agosto de 2022. Atentos ao plantio, os produtores estão afastados do mercado.

No Rio Grande do Sul, na região de Santa Rosa, há registro de negócios pontuais entre R$ 86,00 e R$ 87,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata em Santa Rosa ou Santo Ângelo e pagamento 30 dias depois. Os produtores que precisam abrir espaço para abrigar a safra de trigo, cuja colheita está se iniciando, aceitam mais fazer acordos. Mas, para liberar lotes maiores desejam valores mais remuneradores (de R$ 90,00 por saca de 60 Kg para cima, nos mesmos termos). A negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022) segue travada. As agroindústrias indicam R$ 83,00 por saca de 60 Kg CIF Santa Rosa, para embarque em janeiro e pagamento 30 dias após a entrega, sem interesse de venda.