13/Set/2021
Segundo o Itaú BBA, os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago deverão ficar sob pressão neste mês, com o início da colheita norte-americana elevando a oferta local e eventuais relatos produtividades superiores às estimativas atuais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Uma redução momentânea da mistura de biocombustíveis em combustíveis fósseis nos Estados Unidos também poderá influenciar negativamente as cotações. Há possibilidade de a China importar menos milho nesta safra, em razão da menor velocidade de recomposição do rebanho suíno.
Mas, a expectativa ainda é de compras elevadas por parte dos chineses. Assim como no caso da soja, o espaço para quedas significativas na Bolsa de Chicago é limitado pela perspectiva de balanço de oferta e demanda apertado nos Estados Unidos. A oferta restrita de milho brasileiro, pela quebra da 2ª safra de 2021, e o cenário de alta dos futuros do trigo tendem a dar suporte aos futuros na Bolsa de Chicago.
No Brasil, este cenário e a demanda local devem limitar os preços no curto prazo, mas à medida que se aproximar o fim do ano e a disponibilidade de milho for ficando cada vez mais apertada, as cotações deverão voltar a ganhar força.
Sobre o clima, as chuvas previstas para até o dia 14 de setembro devem ficar restritas à Região Sul do País, principalmente o Rio Grande do Sul, com volumes significativos. Entre 15 e 21 de setembro, as precipitações devem diminuir no Estado e se concentrar mais em Santa Catarina e porção sul do Paraná, favorecendo as culturas de inverno. No restante do Brasil, permanece a condição de muito calor e seca intensa, podendo ocorrer apenas leves pancadas de chuvas até o dia 21 de setembro. Leves chuvas devem atingir o noroeste de Mato Grosso, começando a criar condições para o plantio da soja. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.